O retrato fotográfico é um género onde se reúnem toda uma série de iniciativas artísticas que giram em redor da ideia de demonstrar as qualidades físicas ou morais das pessoas que aparecem nas imagens fotográficas. Os principais representantes do retrato fotográfico, em seus inícios são Nadar, de Conceber, de Julia Margaret Cameron, Lewis Carroll, Gustave Le Gray, Étienne Carjat, Samuel Antoine Salomon, Pierre Petit ou Lady Clementina Hawarden.
Figuras de interesse no campo do retrato fotográfico são Richard Avedon, Brassaï, Walker Evans, August Sander, Annie Leibovitz e Arnold Newman, além de outros mais. Dentro do campo do retrato fotográfico se desenvolve com força, ao longo do século XIX e início do século XX, um estilo respectivo chamado de a história da fotografia, em que se destaca a obra do fotógrafo português Fernando Navarro.
A invenção da fotografia data (segundo a Academia de Ciências da França), do dia 19 de agosto de 1839. Apenas cinco meses depois, o novo invento é colocado na América Latina. Vinte e nove de fevereiro de 1840, seis meses depois que François Arago apresentar-se em Paris o primeiro sistema prático de obtenção de imagens com a câmara escura construída por Louis Daguerre, realizou-se em Montevidéu a primeira fotografia. Louis Compte, teve o regalia de ser o primeiro fotógrafo no Rio da Prata.
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A mentalidade da burguesia do século XIX estava atravessada por uma nova concepção da vida: o realismo. No plano da fabricação estética, e isto se traduzia na busca da representação fiel da meio ambiente e do homem, de uma objetividade visual que evitasse toda idealização ou análise. As exigências de fidelidade, precisão e legitimidade que propunha esta corrente artística foram cheias com o assunto arte fotográfica. Com o aparecimento da ” carte de visite (Disderi) em 1854, e o aparecimento de álbuns, acentua-se o exercício da fotografia como aparelho fundamental nas relações da burguesia. O retrato dá certo como uma carta de exposição e recomendação para o retratado.
Entre 1860 e 1870 as carte de visite, que eram utilizadas como cartões de exibição, foram o único método fotográfico utilizado em Buenos Aires. O atelier do fotógrafo cumpria a função de armação teatral pra galeria de imagens que de lá surgiram. Para alcançar um lugar propício, os estudos contavam com diferentes figurinos, cenografia, cortinado, serviço de cabeleireiro e empréstimo de acessórios.
Um atelier se equipava com mobiliário fixo, que diversas vezes se trocavam entre fotógrafos próximos. Além da decoração e o guarda-roupa, era fundamental a pose que adquiria o retratado: a ocorrência de dizer-se sentados ou de pé, unidos a elementos simbólicos agregados ao palco (livros, pianos, vasos, colunas de gesso, etc.). Tudo isso tinha como meta amalgamar a imagem com o status e o jeito de vida do protagonista. As poses dos sujeitos no teu anti-naturalidade, refletindo um feitio exigente. O retrato, distanciado de reproduzir a pessoa fielmente, a mitificaba, pelo motivo de se tratava de uma realidade modificada plasma e reinventa a imagem do sujeito fotografado.
dessa forma, os ateliers se tornaram lugar de passagem obrigatória das classes superiores que podiam resolver o gasto de uma fotografia. O retrato de defuntos (Fotografia post-mortem) em considerado uma das correntes retratísticas da América Latina do século XIX.
Este tipo de retrato é utilizado como “equipamento transicional”, já que dá certo como ente mediador que permite dispor simbolicamente o corpo humano do outro. Isto podes ser visto nas fotos dos “anjinhos” (moços mortos), onde apareciam acompanhadas pelos seus pais, que, longínquo de mostrar uma expressão de agonia, valorizavam a relevância da imagem da criança para além da morte.